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Precificação de serviços: entenda como fazer e a importância para a gestão financeira

Time de Conteúdo • jul. 29, 2021

Ao abrir  uma empresa não é possível saber se os planos traçados irão ou não para frente, contudo ter um bom planejamento, seja financeiro, tributário, trabalhista, seja ao menos um planejamento empresarial estruturado, são elementos que irão ajudar a definir o quanto vale os seus produtos e serviços. 


Apesar de nem sempre a precificação ser relacionada pela grande maioria das pessoas, a
gestão financeira é por meio das vendas que os recursos para continuidade do negócio são captados. Dessa forma, entender o impacto do preço nas diferentes partes do seu negócio é fundamental. 


Precificar nunca é uma tarefa simples, entretanto, existem métodos que podem ser usados para calcular de forma correta os valores de seus produtos. Quer saber como?


 Leia o artigo abaixo sobre
precificação de serviços e entenda como fazer e a sua importância para a gestão financeira


Como fazer a precificação de serviços? 

Quando o assunto é precificação de serviços a primeira atitude que deve ser tomada é se atentar para os custos e as despesas da sua empresa. Dessa forma, é importante entender bem o que significa cada um desses termos: 


Custos: São aqueles gastos que estão relacionados diretamente ao objetivo do negócio , ou seja, ao produto ou serviço oferecido pela empresa. 


Despesas: Já as  despesas são menos facilmente identificadas, pois exercem uma relação indireta com a produção, como aluguel, energia, água e luz. 


Sendo divididas em fixas ou variáveis, em que a primeira diz respeito a gastos que se repetem e sempre estão vinculados à produção ou fornecimento do serviço e a segunda acontecem de forma sazonal. 



Métodos para precificação de serviços 

Agora que o leitor já entendeu como ocorre a formação dos custos está preparado para iniciar o  processo de precificação de serviços


Custo e margem de lucro 

Nesta primeira etapa é necessário fazer uma lista com todos os serviços prestados, levantando  os custos e despesas envolvidas em cada um deles. Classifique os custos em: 


Custos dos materiais: São os bens necessários para o fornecimento do serviço. Uma maquiadora por exemplo, precisa comprar pincéis, lenços umedecidos, maquiagens, entre outras utilidades.


Custo de trabalho: Aqui entra o valor da hora referente ao salário da assistente da maquiadora.


Outro elemento que deve ser considerado é o tempo gasto por serviço. Para saber quanto cobrar, multiplique o tempo médio para realização do trabalho pelo custo médio da hora daquele determinado trabalho. 


Em posse de todas as informações, agora é preciso separar o custo por serviço, como por exemplo de quanto de batom é necessário para maquiar quatro pessoas. 


Logo depois o empreendedor deve fazer uma estimativa do volume de vendas mensais multiplicando esta quantidade pela média do volume de vendas mensais, assim ele irá obter uma Margem de Contribuição, que servirá para aferir se o preço aplicado cobre os custos e produção. 


Com este indicador é possível verificar quais serviços são os mais rentáveis para o empreendedor. Confira a seguir a equação:


Margem de Contribuição = Valor das Vendas – (Custos Variáveis + Despesas Variáveis)


Caso a margem de contribuição não seja satisfatória a
precificação do serviço deve ser refeita, pois mesmo que a empresa venda bastante, os custos por item produzido não serão cobertos. 


Ponto de equilíbrio

Outro cálculo que pode auxiliar bastante no momento da precificação de serviços é o cálculo do ponto de equilíbrio, também chamado de ponto crítico.


 Por meio desse indicador financeiro o prestador de serviços consegue saber o faturamento mínimo necessário para cobrir os seus custos e despesas.


 Dessa forma, o ponto de equilíbrio é quando o faturamento em vendas se igualam aos custos e despesas totais não gerando lucro ou prejuízo. Veja a seguir a fórmula: 


Ponto de Equilíbrio Contábil: Despesas Fixas / Índice da Margem de Contribuição (%)


Ou seja, se o empreendedor pretende aumentar o seu lucro, por meio de ponto de equilíbrio é possível saber a partir de qual valor em faturamento a empresa começa a gerar riqueza. 


Markup

Um método que também pode ser utilizado para precificação de serviços é o markup, um índice multiplicador que é aplicado sobre o custo do serviço, resultando em um preço de venda. Para calcular o markup levamos em consideração três variáveis: 


  • Percentual de Despesas Variáveis (DV);
  • Percentual de Despesas Fixas (DF);
  • Margem de Lucro Desejada (MG).


Portanto para encontrar o preço final do serviço basta aplicar a fórmula: 


Índice multiplicar do Markup = 1 / (1 – (DF + DV + MG))


Modelos de precificação para serviços 

Agora que você já sabe como fazer a correta precificação dos serviços, saiba que existem também outros três modelo que podem ser aplicados a precificação de serviços


Precificação por hora: O que irá definir o valor a ser cobrado será calculado a partir do tempo despendido no fornecimento do serviço. Este modelo é bastante indicado para empresas de consultoria. 


Precificação fixa: As empresas podem também realizar a cobrança de uma taxa fixa pelo serviço dependendo do tempo e o que foi gasto para realizar o mesmo. Muito usado por empreendedores que preferem ter mais controle sobre os valores faturados.


Precificação variáveis: Aqui o preço do serviço irá variar de acordo com o cliente, projeto ou negociação. Sendo muito aplicado a serviços personalizados. 


A importância da precificação de serviços para a gestão financeira

Além de proporcionar mais controle e identificar melhor os custos e as despesas da empresa, a correta precificação dos serviços é fundamental para melhorar a rentabilidade e lucratividade do seu negócio. 


Ao precificar corretamente os produtos, os empresários adquirem mais previsibilidade de sua margem de lucro, contribuindo assim para a realização de um planejamento financeiro mais seguro.

 

Sabendo informações como a margem de lucro e ponto de equilíbrio, o gestor tem maior noção sobre as necessidades da empresa, como metas a serem atingidas para que a empresa consiga realizar investimentos, por exemplo. 


Confira a seguir as principais vantagens da
precificação de serviços


  • Preços mais competitivos;
  • Mensuração de custos envolvidos;
  • Aumento da margem de lucro;
  • Mais clientes;
  • Melhora a gestão financeira. 


E você, prestador de serviços, já refletiu sobre o papel da precificação no sucesso do seu negócio? 


Então, conheça a
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mei-para-me
Por Time de Conteúdo 03 mar., 2022
A quantidade de empreendedores brasileiros tem aumentado cada vez mais, sobretudo, após a pandemia do Covid-19. Muitas empresas têm começado pequenas, isso porque uma considerável parcela das pessoas perderam o emprego durante o período de distanciamento social e precisam arrumar uma fonte de renda alternativa. Com isso, o número de registros do Microempreendedor Individual (MEI) cresceu muito em 2020 e 2021. Esses gestores, assim como a maioria dos demais, têm muita vontade de crescer e de fazer o negócio dar certo. No entanto, o MEI é um tipo de formalização de negócio que possui uma série de limitações, desde o número de funcionários a várias restrições de atividade econômica. Neste cenário, é importante saber qual é o momento de transformar seu negócio em uma microempresa ( ME ), e aprender como fazer isso. Saiba se você precisa mudar de tipo societário, entenda as principais diferenças entre MEI e ME, e conheça o processo de migração. Qual é a diferença entre MEI e ME? O MEI é uma formalização do trabalhador como pessoa jurídica, criado justamente para facilitar a emissão de notas fiscais por parte de empreendedores, entre outros benefícios propostos. Essa categoria serve para regularizar os profissionais autônomos de uma série de setores. O MEI apresenta uma estrutura distinta para empresas, já que é formado a partir da redução burocrática e sua tributação é similar ao regime tributário do Simples Nacional, mas com uma tabela de alíquotas distinta. O recolhimento de tributos é feito de forma unificada e mensal. Assim, no MEI , o faturamento anual é limitado a R$ 81 mil, e o dono do negócio não pode atuar como sócio em qualquer outro tipo de organização formalizada. É Importante destacar que o enquadramento do MEI é feito no Portal do Empreendedor , site governamental que emite o CNPJ de forma muito mais ágil, quando comparado ao processo de abertura de ME. O MEI apresenta uma carga tributária inferior à de uma ME . O sistema de recolhimento é realizado por meio do Documento de Arrecadação Simplificado (DAS), a guia unificada pela qual o microempreendedor individual paga todos os seus impostos. Agora vamos conhecer o que diferencia o MEI de uma ME . Na microempresa , o faturamento anual pode alcançar o patamar de até R$ 360 mil. O processo de formalização acontece de maneira mais longa e requer inicialmente a apresentação de um contrato social à Junta Comercial, para verificar a viabilidade do seu negócio. A ME diferencia-se, ainda, por ser um modelo de negócio que pode ser adicionado por distintas naturezas jurídicas,como a Sociedade Limitada (Ltda), a Sociedade Limitada Unipessoal (SLU), o Empresário Individual (EI), entre diversas outras. A escolha de tipo societário é feita no processo de elaboração do contrato social. Na ME , o limite de faturamento anual é de R$ 360 mil, e é possível escolher entre 3 regimes tributários: Simples Nacional Regime simplificado de tributação exclusivo para microempresas e empresas de pequeno porte (EPPs). No caso de uma ME , o Simples Nacional será quase sempre a opção mais vantajosa. Lucro Real Neste modelo de enquadramento fiscal, os impostos são calculados de acordo com o lucro obtido a cada mês, e esse cálculo deve ser feito de forma cuidadosa, tomando dados de faturamento e despesas gerais para fazer a operação. Qualquer instituição financeira (como bancos e cooperativas de crédito) é obrigada a adotar o Lucro Real, sendo extremamente contra-recomendado para uma ME , a não ser que ela esteja operando sob uma margem de lucro extremamente fina, ou até negativa. Lucro Presumido O Lucro Presumido é uma versão simplificada do Lucro Real, de certa forma, já que utiliza-se uma tabela pré-definida de lucro para contabilizar a tributação. Esse valor presumido é estabelecido a partir da atividade econômica principal que a empresa em questão exerce. Leia também: Gestão empresarial - entenda o que é . Quando migrar de MEI para ME? Existem diversas situações em que é favorável, ou até necessário fazer a migração de MEI para ME . Isso porque, no estágio inicial de um negócio, os lucros são mais baixos e os processos menos burocráticos, além do custo de manutenção ser menor. No entanto, as limitações técnicas do MEI podem acabar sendo restritivas ao potencial de crescimento do seu negócio. Confira os momentos ideais para migrar para ME : Desenquadramento da atividade Esteja atento! A lista de funções que permite o registro como MEI , é atualizada anualmente. Portanto, existem casos em que uma atividade econômica deixa de ser permitida na publicação de uma nova lista. Nesses casos, é preciso encerrar seu registro de microempreendedor individual e abrir uma ME em outra natureza jurídica. Faturamento elevado Se o faturamento alcançar o patamar de R$ 97,2 mil (20% de tolerância acima do limite normal de R$ 81 mil), é possível se manter como MEI , mas é preciso fazer uma manobra contábil para não perder o seu registro. Porém, se o faturamento ultrapassar esse excedente de 20%, o desenquadramento é obrigatório e deve ser feito imediatamente. Contratação de mais funcionários Um MEI pode contratar apenas um funcionário de maneira formal no seu negócio, e esse colaborador não pode ter rendimento superior ao salário mínimo (ou ao piso da sua categoria, caso exista um). Se você precisa oferecer um aumento ao seu funcionário, ou se deseja expandir a sua equipe, a saída mais viável é a migração para ME . Entrada de sócio na empresa Caso o microempreendedor individual deseje se tornar sócio em outra empresa, é necessário encerrar o registro de MEI e buscar outro tipo societário para manter seu negócio principal em formalidade. Como migrar de MEI para ME? Se sua empresa se enquadra em algumas das situações acima, continue a leitura para entender o passo a passo do processo de migração de MEI para ME . Desenquadramento MEI O desenquadramento do MEI deve ser feito no Portal do Empreendedor, e é preciso encerrar o seu atual CNPJ antes de obter um novo como ME , já que esses códigos são emitidos de forma diferente. Formalização da ME Na sequência, é necessário passar pelo processo de abertura de empresa. Logo, escolha um tipo societário e prepare o contrato social. O documento deve ser registrado na Junta Comercial do estado, que confirmará a viabilidade do seu negócio. Depois, atualize os dados da sua empresa, como capital e razão social, para preencher o Documento Básico de Entrada (DBE) e obter seu CNPJ. Em seguida, é preciso averiguar as burocracias municipais, fazendo inscrições, obtendo licenças e alvarás de funcionamento. Leia mais: Por que é importante contratar uma contabilidade para abrir uma empresa? Conte com o apoio especializado da Consulte Contabilidade! Não deixe sua empresa ficar para trás no mercado! Conte com os profissionais especializados da Consulte Contabilidade Digital para fazer a formalização da sua ME ! Nossa missão é fornecer serviços de contabilidade de alta qualidade e agilizar os processos burocráticos do mercado. Entre em contato conosco! Para ter acesso a mais artigos como este visite o nosso blog e não se esqueça de seguir a Consulte nas redes sociais . Aproveite e leia também: Mitos e verdades sobre o certificado digital .
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Por Time de Conteúdo 11 fev., 2022
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Fique com a gente para aprender tudo sobre os certificados digitais e saber discernir as verdades dos mitos. Tenha uma boa leitura!
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